Select Menu
» » » » S. Petrus, o Vigário de Cristo na Terra (1º Papa) - 29 de junho
«
Proxima
Postagem mais recente
»
Anterior
Postagem mais antiga


Tanto Jesus como os evangelistas consideram claramente Pedro como o primeiro entre os apóstolos. O seu nome é mencionado em 191 ocasiões no Novo Testamento enquanto que os todos os outros apóstolos juntos são mencionados por nome 130 vezes.

Neste dia também: São Paulo Apóstolo

O apóstolo nomeado mais freqüentemente, depois de Pedro, é João. Seu nome aparece 48 vezes no Novo Testamento. A autoridade de Pedro é inquestionável, até mesmo para o apóstolo Paulo. Além disso, Pedro é nomeado em primeiro lugar em quase todas as listas dos apóstolos, assim como Judas é nomeado sempre em último lugar. 


Se existirem razões obviamente justificadas para nomear a Judas em último lugar, por que não haveriam razões para nomear Pedro em primeiro?

Mateus 16, 15-19 — E Jesus lhe disse: “Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, [...] Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja e o poder da morte não prevalecerá contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus. Tudo o que atares na terra, ficará atado no céu e tudo o que desates na terra, ficará desatado no céu.”

Alguns apologistas protestantes insistem no fato de que as duas palavras gregas usadas para dizer “pedra”, petros e petra pertencem a distintos gêneros (masculino e feminino). Afirmam que a diferença de gênero define o significado da frase, indicando duas pedras, uma delas inferior em tamanho (petra). Mas a diferença de gênero radica em que o nome de um homem não pode ter uma terminação feminina, como é o caso para a palavra grega para “pedra”, petra. 

O engano na posição protestante se faz bem claro quando se considera que no idioma aramaico — o idioma que Jesus falava — não há declínio de gênero para o substantivo kepha (pedra).

Quando Jesus diz esta frase, a expressão soa como: “Tu és Pedra e sobre esta pedra edificarei minha igreja”. Desta maneira não há nenhuma diferença original entre as palavras “Pedro” e “pedra”. Em realidade, a mesma palavra é usada duas vezes. Este é um claro exemplo de como certos críticos da Igreja lêem as Escrituras usando o filtro de suas tradições, enquanto se perdem o sentido óbvio de certas passagens crucialmente importantes. 

Na verdade, estes textos encerram um profundo significado, já que contêm a promessa inequívoca de Jesus de proteger e guiar à Igreja que Ele está fundando sobre o Pedro, a quem Ele confia as chaves do Reino (como pode ser visto no próximo parágrafo). Quando Deus dá a alguém um novo nome, está chamando nossa atenção, assinalando um evento singular e importante. Tal é o caso de Abrão (Abraham), Jacó (Israel), Saulo (Paulo) e Simão (Pedro).

Isaías 22, 15-22 –– Assim fala o Senhor dos exércitos: “ Vai ao encontro desse intendente, Sobna, o mordomo do palácio, que talha seu sepulcro na altura e cava para si uma morada na rocha. O que tens e a quem tens aqui, para talhar-te aqui um sepulcro? Olhe que o Senhor te arroja de um só golpe, homem forte; envolve-te bem envolto, ata-te forte como um novelo e arroja-te como uma bola a um país de vastas dimensões. Ali morrerás e ali irão parar as carruagens que eram tua glória, tu, desonra da casa de teu senhor! eu te derrubarei de teu escabelo e te destituirei de teu cargo. E aquele dia, chamarei a meu servidor Eliacim, filho de Helcias; vesti-lo-ei com tua túnica, cingi-lo-ei com tua faixa, porei teus poderes em sua mão e ele será um pai para os habitantes de Jerusalém e para a casa de Judá. Porei sobre seus ombros a chave da casa de Davi: o que ele abra, ninguém o fechará; o que ele feche, ninguém o abrirá” (BLA).

As chaves do reino de Israel são dadas a Eliacim, de maneira que ele fica como o homem mais poderoso do reino com exceção do rei. As chaves são o símbolo da autoridade real. Desde o momento que as chaves passam a cada um dos sucessores, indica que a mordomia sobrevive mesmo depois da morte dos indivíduos que a exerceram. O rei não deixa de nomear mordomos quando morre o que ocupa o cargo, então as chaves passam a um sucessor. Da mesma maneira, a autoridade delegada por Jesus não terminou com Pedro senão que foi passada a seguinte geração e assim será até o fim do tempo. Compare com Gênese 41, 40-44.

1 Corintios 15, 3-5 — Eu vos transmiti, em primeiro lugar, o que eu mesmo recebi: Cristo morreu por nossos pecados, conforme à Escritura. Foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, de acordo com a Escritura. Apareceu a Cefas e depois aos doze.

Segundo declara São Paulo, São Pedro foi afastado especialmente por Jesus depois da Ressurreição. Note-se que aqui São Paulo se refere a São Pedro pelo nome que Cristo lhe deu: Cefas, quer dizer, “Rocha”. Esta referência, por si mesmo, é suficiente para refutar as explicações alternativas que se dão para Mateus 16, 15-19 (ver parágrafos anteriores). Se, por exemplo, a palavra “rocha” estivesse referindo-se à fé de Pedro, então São Paulo estaria cometendo um sério engano ao referir-se a Simeão como “Rocha”. Isto não resulta assim porque nessa passagem de Mateus, Jesus mesmo dá claramente a Simão um novo nome, “Rocha”, indicando assim uma mudança na condição de Pedro que vai ter um impacto crucial na história da salvação.

Apocalipse 3, 7 — [...] O Santo, que diz a Verdade, que possui a chave de Davi, que abre e ninguém pode fechar, que fecha e ninguém pode abrir, afirma [...].

As chaves pertencem a Cristo. Nas Escrituras, as chaves são sinais da autoridade de Cristo. Quando Ele dá as chaves a Pedro em Mateus 16, está delegando essa autoridade que é para toda a eternidade. Do mesmo modo que antes com Eliacim (veja Isaías 22, 15-25) São Pedro é o ministro ou mordomo do reino, que exerce a autoridade em nome do Rei de Israel.

Gálatas 1, 18 — E três anos mais tarde, fui dali à Jerusalém para visitar o Cefas e estive com ele quinze dias.

Depois de receber do Espírito Santo suas revelações, São Paulo viaja a Jerusalém especificamente para visitar São Pedro. Esta é uma claríssima indicação da posição de autoridade que ocupava São Pedro. Note-se também que Paulo se refere a Pedro pelo nome que Cristo lhe dera: Cefas, “Rocha”.

Isaías 51, 1-2 — Escutai-me, os que vão trás a justiça, vós, os que buscais o Senhor! Fixai-vos na rocha da que fostes talhados, na pedreira da que foram extraídos; Olhai vosso pai Abraão e a Sara, que vos deu a luz: quando ele era um só, eu o chamei, abençoei-o e o multipliquei.

Abraão foi eleito por Deus como patriarca da Antiga Aliança. Para fazê-lo evidente Deus lhe trocou o nome. Como se pode ver neste texto, Abraão tinha sido o único homem a quem a Bíblia se refere como “rocha” até que Jesus se refere a Pedro na mesma forma. Em toda outra ocasião, a metáfora é reservada a Deus (Deuteronômio 32, 4; 1 Samuel 2, 2; Salmos 18, 3; etc.). Assim pois, não somente por referir-se a Pedro como “Rocha” mas também por meio da troca de seu nome, Jesus está estabelecendo um paralelo inegável entre Simão Pedro e Abraão. Pedro é o patriarca da Nova Aliança como Abraão é o patriarca da Antiga Aliança.

Atos 2, 14-36 — Então, Pedro ficando de pé com os Onze, levantou a voz e disse: “Homens da Judéia e todos os que habitam em Jerusalém, prestem atenção, porque vou explicar-vos o que tem sucedido.”

Este o primeiro sermão cristão que se menciona nas Escrituras. Já, então, se pode ver claramente o papel de liderança de Pedro, que se faz evidente pela expressão “os onze”, agrupamento que nunca inclui o Pedro.

Lucas 22, 31-32 — Simão, Simão, olha que Satanás pediu permissão para vos sacudir como o trigo, mas eu roguei por ti, para que não desfaleça a tua fé. E tu, depois que hajas voltado, confirma a teus irmãos.

Jesus ora somente por Pedro entre todos os apóstolos. Pedro recebe atenção especial de parte de Jesus. Jesus faz a observação de que Satanás está determinado a quebrantar a fé dos apóstolos. A resposta de Jesus se encaixa perfeitamente com o papel de Pedro sobre quem a Igreja se apóia e com o papel do papado na história da Igreja.

Atos 15, 1-40 — Como resultado disto, produziu-se uma agitação: Paulo e Barnabé discutiram vivamente com eles e por fim, decidiu-se que ambos, junto com alguns outros, subissem a Jerusalém para tratar esta questão com os apóstolos e os presbíteros [...] Ao cabo de uma prolongada discussão, Pedro levantou-se e disse: [...]

São Paulo e São Barnabé devem lidar com as reclamações dos judaizantes. Viajam a Jerusalém, onde Pedro e os apóstolos se preparam a considerar se os cristãos devem ser circuncidados segundo a lei mosaica. Este texto descreve o primeiro concílio da Igreja em Jerusalém. Note-se que São Paulo não tratou de arbitrar a disputa por meio de apelar à doutrina da “Sola Scriptura.” Em cambio, ele se submete à autoridade da Igreja. Note-se, ademais, que São Pedro sarjeteia a questão depois de receber — três vezes — uma revelação na forma de um sonho. Isso se pode ver em Atos capítulo 11 onde Pedro explica o sonho “passo a passo”, da mesma maneira que os Papas explicam seus ensinamentos hoje em dia. 

Claramente o Espírito Santo não podia permitir que Pedro continuasse em erro. Quando São Tiago, frente ao concílio, toma a palavra depois de Pedro, o faz à maneira de um moderador e faz um resumo das palavras de Pedro, como corresponde ao bispo da cidade em que se realiza o concílio. Desde então, os bispos das cidades onde se celebram os concílios têm tradicionalmente a autoridade cerimonial.

Mateus 10, 2-4 — Os nomes dos doze apóstolos são: em primeiro lugar, Simão, de sobrenome: Pedro [...]

São Pedro é chamado especificamente “o primeiro” entre os apóstolos; de fato na primeira lista dos apóstolos, é Pedro nomeado primeiro e a Judas, último. Judas foi renomeado último por motivos óbvios. E se Pedro é nomeado como o primeiro de todos: não é justo pensar que isso também se faça por um motivo específico?

Autor Giuliano Cabral do Espírito Santo Beraldo

Esta é uma breve descrição no bloco de autor sobre o autor. Você edita-lo, no html
«
Proxima
Postagem mais recente
»
Anterior
Postagem mais antiga