
Adílio Daronch, nascido numa família de modestas condições sociais e que viveu numa localidade então isolada no interior do Brasil e faleceu aos dezesseis anos, não ficaram traços documentais significativos; mas a recordação de duas de suas irmãs e de algumas pessoas que o conheceram, assim como a do seu bárbaro assassínio, fizeram com que o seu nome e a sua história fossem conhecidas não somente por tantos fiéis que vão em peregrinação a Nonoai, mas continuam a suscitar o interesse dos meios de comunicação e por conseguinte de muitas pessoas.
Adílio Daronch nasceu a 25 de Outubro de 1908 em Dona Francisca, no interior do Rio Grande do Sul. Em 1913 a família, que era muito unida e profundamente religiosa, transferiu-se para Nonoai.
Conta uma das suas irmãs: "Adílio gostava muito de rezar e acompanhar o Pe. Manuel. Tinha o hábito de ajudá-lo nas missas".

As peregrinações a Nonoai foram aumentando e os dois mártires do Alto Uruguai tornaram-se cada vez mais conhecidos e venerados. Dessa maneira teve início o processo de beatificação.
Desde criança, Adílio mostrava predileção pelas coisas da Igreja. Ele era alegre, gostava de futebol e, apesar do temperamento reservado, tinha perfil de liderança. Levava muito a sério sua missão de coroinha. Em 2007, os mártires Adílio e padre Manuel foram beatificados pelo Papa Bento XVI.
Durante a homilia da Missa de beatificação, o cardeal José Saraiva disse: “Vimos um pastor e uma criança estimar a própria vida, exclusivamente por relação a Deus e à salvação eterna dos irmãos; vimo-los considerar um ganho a sua perda para ganhar o Reino de Deus; vimos este Reino começado aqui na terra, onde Deus visita os aflitos, consola os atribulados e volta a oferecer-se pelos pecadores; ouvimos anunciar a Palavra de Deus no coração da floresta, com fidelidade e insistência”

A JMJ Rio2013 chama o beato Adílio Daronch como amigo de Cristo. “Que a exemplo de vossas virtudes, sejamos recebidos entre os amigos de Cristo, nesta vida e na que há vir! Amém.”