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» » Arcebispo do Espírito Santo, sobre a Jornada Mundial da Juventude
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Acabo de chegar do Rio de Janeiro onde presenciei um dos mais belos testemunhos de vida cristã em toda a minha vida. Aproximadamente quatro milhões de jovens tiveram a oportunidade de encontrar-se com o Papa Francisco. 

Este homem de Deus, cujo nome revela uma meta de seu pontificado, ao chegar ao Brasil, sua primeira fala foi pedir licença para entrar, com o gesto de bater na porta das casas e dos corações dos brasileiros e de todos os jovens e adultos que vieram à cidade maravilhosa para participar da Jornada Mundial da Juventude.

Ele bateu na porta dos corações! E os milhões de corações ouviram e abriram-se, conseguindo um grande encontro de corações com o coração de um jovem ancião que tinha uma notícia de esperança, de ânimo para todos os jovens e, porque não dizer, para todos os crentes não crentes.


Com a mansidão do sábio, a humildade dos simples e a clareza de uma inteligência acostumada a ler com profundidade o livro da vida à Luz do Livro da Palavra de Deus, ele, Francisco, pondo em prática o significado de seu nome, deu-se a conhecer fazendo-se próximo dos jovens, das crianças, dos adultos e dos mais avançados em idade.

Aproximou-se de todos. Visitou hospital, visitou favela... encontrando-se com as pessoas e amando-as, ouvindo-as como bom pastor que cuida de todas as ovelhas.

Tocou os corações e abençoou a cada um que o olhava. Abençoou a multidão por onde passava. Uma figura especial, um símbolo que apontava para a real busca de todos: Jesus Cristo!

O carro que o conduzia estava aberto. Não era uma caixa de vidro, estava aberto, como ele queria, para poder sentir e tocar o povo que lhe estendia as mãos pedindo-lhe a bênção do Alto, acolher as crianças que lhe apresentavam e beijá-las com ternura e emoção. Encontros emocionantes e inesquecíveis.

Este homem, vestido de branco como a anunciar pela sua figura um futuro brilhante, luminoso e feliz para todos os que buscam Deus de coração sincero, transmitia uma mensagem de esperança para todos aqueles jovens ansiosos por ouvi-lo e se possível tocá-lo com suas mãos aclamando e cantando.

Esta interação entre o Papa Francisco e a juventude foi constante, seja quando passava pela multidão, seja quando presidia a oração. Os milhões de jovens, quando ele pedia silêncio mergulhavam com ele em profundo silêncio a ponto de se ouvir apenas alguns latidos vindos dos prédios vizinhos. Silêncio absoluto. Todos oravam em silêncio com o Papa. Mistério da fé! Fé diante de Deus que fala os corações.

Que veio fazer este homem vestido de branco na Jornada Mundial da Juventude? Veio convocar o jovem para junto com ele dar um rumo à mudança de época que vivemos.

Ele, já idoso e sábio falava apenas com sua presença de fé. Convocou o jovem para ser valente! Uma valentia que vai contra a corrente! A sair às ruas com coragem de ser protagonista de um mundo diferente! Um mundo diferente deste mundo egoísta que vivemos! Um mundo que priorize a cultura do Encontro! Encontrar-se no diálogo e no respeito estabelecendo o Amor e a Justiça entre todos de tal forma que ninguém fique marginalizado.

Todos sejam incluídos nessa nova cultura: a vida no seio materno, a criança, o jovem e o idoso! Todos incluídos, amando e sendo amados: Cultura do Encontro! Para isso o jovem precisa ser corajoso e lutar contra a corrente egoísta, sair de si, de sua casa e ir para as ruas com esta Boa Notícia do Encontro e da Inclusão. Jovens protagonistas com Jesus Cristo por um mundo novo em vista de um Grande e permanente Encontro!

Para construir essa nova cultura é importante que observemos e assumamos três atitudes fundamentais e norteadoras em nossa vida que o Papa fez questão de recomendar com ênfase: 

1. O Chamado de Jesus Cristo ou o Encontro pessoal com Jesus.

2. A partir deste Encontro acolher o envio que Jesus  nos faz: Ide por todas as Nações. 

3. Partir, sair de si, sair de todo e qualquer egoísmo e trabalhar para que novos discípulos acolham o desafio de uma nova cultura baseada no Amor, na Ternura, a Cultura do Encontro.

A praia de Copacabana com os quase quatro milhões de jovens acolheu e aclamou o profeta de um mundo melhor, o Papa Francisco. Não só os jovens, mas todos os religiosos, seminaristas, padres, bispos e cardeais presentes vibraram, sentiram-se confirmados na missão e entusiasmados. Voltaram a suas comunidades dispostos a somar mais e mais para que a mudança seja para uma nova cultura baseada no Amor, no Encontro e no diálogo fraterno entre as pessoas e com toda natureza que nos envolve, onde vivemos e nos movemos sob a Ação do Espírito Santo.

Salve o Papa Francisco, o Profeta e Protagonista da Mudança de época, o divisor de águas para um novo tempo[...]. Os jovens aceitaram o desafio de protagonistas com o Papa com e por Jesus Cristo Caminho Verdade e Vida!

Eis aí, em poucas pinceladas, o que significou a presença do Papa entre nós na Jornada Mundial da Juventude, este Jovem ancião que deu testemunho e nos falou de coisas novas e antigas e abriu os corações para um futuro maravilhoso!   

+ Dom Luiz Mancilha Vilela, ss.cc
Arcebispo Metropolitano
Arquidiocese de Vitória - Espírito Santo

Bote Fé em Vitória
13 de Março de 2013

Autor Giuliano Cabral do Espírito Santo Beraldo

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